Luka lança single em espanhol e diz que relação com a música está acima da fama

Publicado em 10/05/2018 23:00
Publicidade

 Texto/Entrevista: Cris Veronez | Edição: Matheus Henrique 

Luka, 38, acaba de entrar para o grupo dos artistas que cantam na língua dos hermanos. Porto-alegrense, ela lançou recentemente o single Fuego en la Casa, sua primeira composição em espanhol apresentada ao público. O clipe foi divulgado nas redes sociais da cantora nesta terça (8) e conta com a participação do ator Henri Castelli, que é seu empresário.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio

Leia também: Thiaguinho faz balanço sobre a carreira musical e analisa prós e contras da fama

Em entrevista ao Observatório dos Famosos, a cantora, que estourou nos anos 2000 com o hit ‘Tô Nem Aí’, comemora a relação de afeto que tem com os fãs desta época, revela que compôs a nova música em parceria com o namorado e diz que, ao contrário do que muita gente pensa, ela não estava sumida nos últimos anos.

Veja mais: Confira fotos de bastidores de ‘Arrasta’, novo videoclipe de Leo Santana e Gloria Groove

♦ Conta um pouco sobre a nova música para a gente. É sua primeira composição em espanhol, né?

É minha primeira música em espanhol lançada oficialmente. Sempre tive influência da língua espanhola desde muito pequena, por causa da minha avó que tem descendência de espanhóis, e também porque geograficamente eu nasci pertinho da Argentina e do Uruguai. Sou do sul. Lá já tocava nas rádios as músicas espanholas, mais do que aqui no Rio. Agora que o espanhol entrou aqui.

♦ Por que você achou que agora era a hora certa de apostar nessa música?

Poucos artistas que cantam em espanhol conseguiram entrar de fato no Brasil. Eu citaria Laura Pausini, apesar de ela ser italiana, a Shakira, Alejandro Sanz… Mas agora é que entrou mesmo como uma língua hermana.

♦ Qual foi sua inspiração para compor a música?

É uma música autobiográfica, que fiz com meu namorado, Daniel Acacio. Ela é uma música alegre e o clipe está lindo. Gravei dentro de uma roda de fogo e o Henri Castelli, que é meu empresário, também participa. Essa coisa de composição vem a qualquer momento. Às vezes estou no banho ou no trânsito e a inspiração vem. Pego o celular e gravo para não perder a melodia. Essa música foi feita bem no comecinho do namoro, que já tem um ano e meio. Comecei a mostrar a música para as pessoas sem muita pretensão. Todo mundo adorou. Acho que é como Tô Nem Aí. Na época eu nem tinha gravadora. Eu era de um selo pequeno, mas acho que quando tem que ser, a música vai sozinha, caminha por si.

♦ Você estourou com Tô Nem Aí em 2003. Seus fãs daquela época, que hoje têm entre 25 e 30 anos, continuam te acompanhando?

Sim. É incrível. E parece que passou de uma geração para outra, porque muita gente leva os filhos nos meus shows. A música acessa a memória afetiva das pessoas. Isso manteve uma chama acesa.

♦ Tem gente dizendo que você voltou agora, mas você fez muitos shows internacionais, lançou um CD em 2015… Existe uma espécie de rótulo de ‘cantora dos anos 2000’?

Acho interessante dizer uma coisa: não que seja uma injustiça do destino nem nada do tipo, mas nos anos 2000 a gente não tinha nem Orkut direito. Na época, Tô Nem Aí estourou no Brasil, os gringos compraram o CD durante o verão e levaram para seus países. Lá para abril e maio, começaram a ligar para meu escritório. A música chegou a ficar em primeiro lugar em uma rádio alemã. Falei: caramba, como assim? Realmente não foi nada programado. Eu não tinha pensado em fazer carreira internacional. E quando eu fui fazer shows lá para fora, não tinha rede social para eu ficar dizendo que estava em outro país. Então a galera daqui acabou achando que eu sumi.

♦ Tem muita gente boa por aí que não necessariamente está estampando capas de jornais e revistas. Depois de percorrer uma estrada de tantos anos como cantora, você aprendeu a não se cobrar demais, nesse quesito?

Sim. A minha relação com a música está acima da fama. É uma relação que vem desde a infância. Estudo música. Sou musicista. Não tenho vergonha de falar isso, porque música você precisa estudar sempre. Eu já tocava violão, adoro percussão e castanholas, e há uns três anos comecei a tocar piano. Minha relação com a música é muito profunda e genuína. Me mantém viva e é minha chama, está acima do ego e não depende de eu estar na mídia ou não.

Publicidade

Carregando...

Não foi possível carregar anúncio