Sucesso internacional, Daniel Boaventura diz que tem ligação forte com mexicanos: ‘Em dia de terremoto eles compraram ingresso’

Publicado em 30/05/2018 17:51
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Texto/Entrevista: Cris Veronez | Edição: Matheus Henrique Menezes

Foi de maneira quase despretensiosa que Daniel Boaventura começou a sua carreira internacional no México. Projetar sucesso fora do Brasil ele projetava, mas o fato é que o artista não imaginava que a terra do guacamole fosse receber seu trabalho de forma tão calorosa.

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Cerca de dois anos após fazer seu primeiro show por lá, ele gravou o DVD Daniel Boaventura Ao Vivo no México, lançado recentemente no Brasil. Em entrevista exclusiva ao Observatório dos Famosos, o artista faz uma viagem no tempo e relembra o início de tudo:

“Foi muito louco, no bom sentido. Em 2015, a minha gravadora mandou para o México meu primeiro DVD, lançado em 2012 no Brasil (Daniel Boaventura Ao Vivo), a pedido da Sony México. Lá chegando, eles começaram a mostrá-lo nas lojas de disco, nas telas, para sentir a temperatura”.

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Daniel diz que a ação despertou a curiosidade do público sobre o seu trabalho e que os lojistas começaram a ligar para a gravadora. Em cerca de 40 dias, foram vendidas 10 mil cópias. Ao mesmo tempo que lançou o DVD ao vivo, emplacou em seguida o disco ‘Your Song’, que havia sido lançado no Brasil em 2014, um ano antes. Foi um sucesso. Fez seu primeiro show no teatro El Lunario, do Auditório Nacional da Cidade do México. A casa ficou lotada.

“O México é o país mais importante da América Latina em termos de indústria fonográfica. As pessoas não sabem disso. É o segundo do mundo. Em termos de venda, é difícil penetrar lá”, diz, orgulhoso da trajetória. Os shows realizados por lá nos últimos três anos só lhe trouxeram coisas boas, entre elas uma legião de fãs calorosos e interessados em seu trabalho.

“Teve uma vez que estavam vendendo até caneca com o meu nome, tipo aqueles souvenirs. Não acreditei. Isso é fantástico. É o máximo. Para um artista que vem de fora, ter uma receptividade dessa, é emocionante. Quando isso aconteceu, vi que o negócio era sério”, relembra o artista, que além de ter os ingressos esgotados para o show no El Lunario, lotou os 13 mil lugares do Teatro Metropolitan.

“Toda essa avalanche foi em 2015. Fiz três viagens ao México. […] No ano passado, pensei: está na hora de gravar um outro trabalho e voltar com os meus musicais. Queria um trabalho internacional, e a dedução lógica é que tinha que ser no México”, conta.

Em outubro de 2017 ele fez o show que deu origem a Daniel Boaventura Ao Vivo no México, novo DVD e CD do cantor, citado no início da reportagem. O trabalho reúne interpretações de clássicos em inglês e espanhol. 

“Foi uma catarse. Foi na época em que tivemos três terremotos no México e por questões de ética não pude divulgar o show em campanhas de TV. A cidade estava sendo destruída. Fiquei dependendo apenas de mídia social, neutra. Mas o povo mexicano tem uma ligação tão forte comigo que em dia de terremoto eles compraram ingresso. Sou muito grato”.

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Baiano, Daniel Boaventura já se consolidou como um lorde dos palcos. Com influências de jazz e blues, ele diz que escolhe seus repertórios de acordo com o que está afim de cantar no momento. “Eu tenho que gostar das músicas, senão parece oportunismo”, diz. O artista, que já apostou em canções em inglês, espanhol e italiano, revela que tem vontade de cantar em francês. 

Mas nem só de pompa vive Daniel Boaventura. Apesar de suas playlists serem compostas majoritariamente por músicas de ritmos similares às que canta e também por muito rock, ele não dispensa um pagodinho: “Adoro o Pagode da Amarelinha, do Art Popular. É divertida pra caramba. Pagode é divertidíssimo. Não é algo que eu paro para ouvir sempre, mas eu gosto. Na verdade gosto de quase todo tipo de música. Depende do momento”.

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