Travesti Luana Muniz diz que Padre Fábio de Melo lhe ofereceu ajuda e comprou briga ao registrar o encontro

Publicado em 11/12/2015 13:44
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O encontro da Travesti Luana Muniz com o Padre Fábio de Melo na quadra da Mangueira ainda está dando o que falar.

Luana Muniz tem 58 anos e é fã confessa do padre. Artista há 36, ela comemorava na Mangueira o aniversário da amiga Alcione.

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Eu e ele saímos emocionados do encontro. Admiro sua missão de passar fé e amor através da música. Ele pegou na minha mão e pediu meu contato para poder ajudar no meu projeto do Natal das crianças carentes aqui na Lapa (bairro boêmio na região central do Rio) ”, revela Luana, que não é católica: “Minha religião é a das boas ações. Acredito no bem. Sei que Fábio comprou uma briga com essa foto, mas também é atitude que dá visibilidade à causa LGBT”.

Luana é envolvida em projetos sociais há duas décadas, ajuda portadores do HIV e na capacitação profissional de travestis: “Saí de casa com 9 anos e meu pequeno patrimônio consegui através da prostituição. Não faço apologia, mas essa é a realidade da maioria de nós”.

Fábio de Melo compartilhou suas impressões sobre encontro durante uma pregação na Canção Nova, em São Paulo, no último domingo, e também falou sobre o que aprendeu com o episódio. Foi bastante aplaudido.

Vou confessar publicamente a minha hipocrisia: ‘Meu Deus do céu, se esse rapaz pedir para tirar foto comigo? Como vou reagir?’ Quando, de repente, só vi a sombra dele na minha direção, e o meu preconceito, o medo de me expor… Que coisa horrorosa isso em nós… Como se eu fosse melhor. Isso é mesquinho, é vergonhoso o que eu estou dizendo pra vocês”, relatou.

Em seguida ele conta como mudou suas opiniões.

Abracei ele e tiramos a foto. Assim que ele saiu, Maria Helena, irmã da Alcione, me contou a história. Ela disse que ele mora na Lapa e criou um grupo que alimenta e recolhe todos os miseráveis da região. Dá banho, alimenta, não tem nojo de ninguém.. Aquele que você enxerga e que, naturalmente, provoca um desconforto por ser tão diferente de nós, não sabemos quantas coroas da dignidade foram recolocadas na vida daquela pessoa...”.

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