Primo de William Bonner fala sobre homossexualidade: “Foi difícil assumir para a família”

Publicado em 01/04/2019 17:55
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O ator Hugo Bonemer, primo do jornalista William Bonner, falou sobre carreira e sexualidade no canal ‘Põe na Roda’, no YouTube. Ele disse que não vê problemas em ter seu nome associado ao parente que apresente o ‘Jornal Nacional’.

“Depende do ponto de vista. Se tiver falando de uma forma pejorativa, porque não gosta dele e quiser me atingir, claro que vai me incomodar. Mas a relação pela relação não, tenho orgulho da minha família”, esclareceu.

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O famoso revelou ainda que no início de sua carreira, pensou em mudar o sobrenome para Bonner, mas desistiu da ideia. “Seria uma ideia muito idiota, porque estaria tentando pegar carona no nome dele pra ter uma carreira, uma profissão. E minha profissão não tem nada a ver com a dele. Ele é jornalista, eu sou artista”, afirmou.

O artista assumiu seu relacionamento com Conrado Helt — com quem publica diversos cliques nas redes — há um ano, quando foi questionado por uma repórter se sua “namorada” era do meio. “Foi muito mais difícil assumir [que era gay] para a minha família, porque tem a expectativa, você não quer magoar, frustrar ninguém. Mas gostaria de ter sido aqueles caras do colégio que tinham falado muito cedo. Fui um cara bobo em relação a isso por muitos anos, achando que quem falava de sua sexualidade abertamente era fraco, burro”, revelou.

“Ficou insustentável pessoalmente. Porque tenho vontade de ter uma carreira estável, mas minha ânsia pessoal, meus desejos, sonhos estavam ficando muito pra trás. Tenho vontade de ter a minha família, cogito a possibilidade de ter filhos”, afirmou ainda. Bonemer, que interpretou um pedófilo em série da HBO, revelou que não tem medo de perder trabalhos por conta de sua orientação sexual.

“Foram muitas mensagens de meninas dizendo ‘que lindo, que fofo’, ‘seu namorado é um gato’, ‘que vocês sejam muito felizes’. Coisas fofas. E mensagens de homens 40 anos mais velhos que eu, dizendo ‘meu deus, como queria ter tido essa coragem’. Histórias que eu e o Conrado líamos chorando”, relembrou.

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